Feedforward – A tradução do termo significa “alimentar para frente”, ou seja, desloca o clássico feedback para o futuro e prepara o profissional para o que virá.
Na rotina corporativa, saber se a tarefa foi bem executada e, caso haja o que corrigir, como melhorar no futuro é essencial para uma carreira sólida. “O termo feedback é muito usado, mas pouco traduzido. Ele significa alimentar o outro com informações do passado que interferiram no desempenho”, conceitua Alfredo Castro, diretor-sócio da MOT – Treinamento e Desenvolvimento Gerencial. Para dar eficiência à ação, o consultor ressalta que o real sentido do feedback é melhorar as ações futuras no trabalho. Portanto, não basta analisar o passado, é
preciso pensar no que virá pela frente.
Para tornar o feedback uma ferramenta mais eficaz e eficiente, a MOT desenhou um treinamento específico sobre o tema, dentro dos programas de liderança que desenvolve. “O passado não pode ser mudado. Por isso, preferimos usar o termo feedforward, que significa ‘alimentar para frente’. O objetivo é deslocar o feedback para o futuro e preparar o profissional para aquilo que virá”, avalia Castro. Por isso, dentro dos treinamentos de desenvolvimento de carreira que a MOT oferece às empresas, o módulo sobre como aceitar e oferecer feedback merece destaque.
A ideia central do feedforward é aparelhar os profissionais para que passem por situações futuras com mais preparo do que passaram por outras situações anteriores. O gestor desse profissional pode, por exemplo, dar orientações e dicas de como agir e se preparar para aquelas situações, sem necessariamente aludir a erros passados. “Discutir com base no passado é improdutivo. O melhor é dar ao profissional instrumentos para que ele melhore seu desempenho em situações posteriores”, acredita o consultor.
Para que o feedback seja eficiente, o profissional que o recebe também deve saber aceitá-lo para que possa, de fato, desenvolver sua carreira de forma adequada. “É importante ressignificar a crítica, conscientizar-se de que ela é um processo construtivo”, orienta Castro.
:: Dicas para realizar um feedback efetivo
– O feedback não deve ser encarado como um julgamento, mas como uma ferramenta para acompanhar o desempenho e o desenvolvimento do profissional;
– Deve se basear em fatos, não em atitudes das pessoas;
– O feedback não avalia a habilidade de um profissional. Se um profissional não tem uma determinada habilidade, ele deve desenvolvê-la, mas em um outro âmbito, diferente daquele a que o feedback se destina;
– Deve ser realizado para solucionar um problema, não para criticar um profissional;
– Deve ser voltado à descrição objetiva dos fatos, não à avaliação crítica da situação;
– Validar, em uma atitude afirmativa, é mais eficaz do que invalidar. Com isso os profissionais sentem-se valorizados e aceitos;
– Seja específico, e não genérico, quanto aos que precisa ser esclarecido. Vá direto ao ponto;
– Exerça a escuta ativa: faça com que seu interlocutor saiba que ele está sendo compreendido e que sua fala está sendo respeitada.
(Por Alfredo Castro – Especialista em desenvolver equipes)